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S.Silva, L.Calabre, L.Bezerra, LC.Cajaiba, E.Costa; E.Wallon |
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Laura Bezerra; Luiz Claudio Cajaiba, Eliane Costa |
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Selma Cristina Silva e Lia Calabre |
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S.Silva, L.Calabre, L.Bezerra, LC.Cajaiba, E.Costa, E.Wallon |
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Laura Bezerra |
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Eliane Costa |
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Aldo Valentim |
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Deolinda Vilhena e Youri Tripodi |
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E.Wallon, S.Silva, LC.Cajaiba, L.Bezerra, E.Costa, L.Calabre |
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fotos I.Kirsch e Agenda da Arte Cultura UFBA |
A mesa redonda Entre conhecimentos teóricos e experiência
prática: como enriquecer as competências da gestão cultural? na tarde do
dia 29 de maio reuniu Laura Bezerra, Assessora da Transversalidade da Cultura
na SECULT-BA; Eliane Costa, gerente de patrocínios culturais da Petrobras
(2003-2012) e professora na Escola Superior de Propaganda e Marketing; Lia
Calabre, Pesquisadora e chefe do setor de Estudos de Política Cultural da
Fundação Casa de Rui Barbosa/Minc e professora dos MBAs de Gestão e produção
Cultural da Fundação Getúlio Vargas; Selma Cristina Silva, gerente do Observatório
e do Centro de Documentação do Itaú Cultural e Emmanuel Wallon, especialista na
análise de políticas culturais territoriais, membro dos comitês de redação das
revistas Temps Modernes e Études Théâtrales, consultor, e Professor e
pesquisador da Université Paris Ouest Nanterre La Défense, sob a pilotagem de Luiz
Cláudio Cajaíba, Professor e Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Artes
Cênicas da UFBA.
Lia Calabre falou do Papel das políticas públicas na formação dos
profissionais da cultura. Ressaltou na sua fala que a desigualdade
territorial do Brasil na economia se estenda à área cultural e educacional,
perguntando como fugir da resposta imediata ao mercado na formação em um
cenário onde 90% da formação superior é particular e paga? Os cursos que
sobrevivem são aqueles que são viáveis, em outros termos rentáveis.
Em sua intervenção, Programas de formação na área da cultura: a
experiência da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, Laura Bezerra
reafirmou a prioridade do a SECULT, a articulação da cultura e da educação. A
formação em cultura é um desafio que necessita de um investimento de forma contínua
em um contexto favorável. Os programas de formação e capacitação em cultural
permitem balizar as discussões, articular parcerias e promover a cultura
através da educação.
Eliane Costa apresentou
o Panorama das políticas públicas
culturais para o cenário das redes sob a perspectiva da ecologia digital. A
UNESCO define a cultura como o conjunto de traços distintivos espirituais e
materiais, intelectuais e afetivos que caracterizam uma sociedade ou um grupo
social e que compreende, além das artes e das letras, os modos de vida, as
formas de convivência, os sistemas de valores, as tradições e as crenças. Hoje
o consumidor é também o produtor, em redes de redes, sem intermediários. Novos
circuitos, novos protagonistas, novas linguagens aparecem. Mas precisa ficar
atento à divisão digital. Os processos de globalização proporcionam condições
inéditas a favor da interação entre culturas, mas comportam também riscos de
desequilíbrios entre países ricos e pobres. O papel das politicas públicas é a
construção de uma cultura digital, de redes, com conteúdos culturais
brasileiros.
Selma Cristina Silva apresentou
as Ações de formação do Observatório Itaú
Cultural para gestores de cultura: desafios de motivação e continuidade. O
gestor cultural é um conceito equivocado. Se caracteriza pela grande
heterogeneidade da formação, a polivalência e a diversidade da atuação e a
necessidade de um conhecimento diverso que diz respeito a áreas muito
diferentes. Para definir uma ação, precisa mapear os gestores culturais no
Brasil, onde eles estão, quem eles são. O Observatório Itaú oferece varias
modalidades de formação e de capacitação segundo o perfil do público. A
pós-graduação se dirige a profissionais já atuantes. A semana de gestão
cultural se articula com parcerias com instituições locais. Os programas de
capacitação tomam a forma de oficinas ou de cursos on line. As ações do Observatório atingem o Brasil inteiro e 85%
dos participantes são aprovados.
As necessidades em
formação na administração cultural territorial na França foi o tema escolhido
por Emmanuel Wallon para enriquecer o debate.
Desde 1982, a
formação de administrador cultural territorial evoluiu na França com a política
de descentralização, a variedades das funções e a dimensão das estruturas
locais. Historicamente, há uma tradição de intervenção das grandes prefeituras
na área cultural. Na verdade, a decisão cultural, muitas vezes é tomada no âmbito
de um sistema triangular, composto pelo prefeito e seu adjunto, ambos eleitos e
o diretor dos assuntos culturais, funcionário territorial concursado. A grande
parte da formação vem de encontros, trocas de experiências, práticas bem
sucedidas, seminários, etc. As cidades e coletividades locais se juntam para
definir suas ações. A formação, a pesquisa e a prospectiva são os pilares sobre
os quais se edifica uma política cultural e que podem evoluir em função de críticas,
sucessos ou demandas. Desde então, uma política cultural e a formação associada
devem se entender como realidades orgânicas que pedem uma observação e uma
adaptação constantes.
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