quinta-feira, 29 de outubro de 2009

L'Effet de Serge no FIAC

foto Wellington Carvalho
foto Welington Carvalho
foto Wellington Carvalho
foto Irène Kirsch


Como parte da programação do Ano da França no Brasil o espetáculo L’Effet de Serge encantou o público do FIAC com seus mini espetáculos para o público no palco e na sala.
Com pouco recurso e pouco dinheiro, Serge cria cenas para seus amigos. Philippe Quesne cria assim um universo à la Tati, absurdo, simples, engraçado, onde o espectador tanto no palco quanto na sala não sabe bem do que se trata.
O público jovem do FIAC adorou, e lotou por duas noites o Teatro Martim Gonçalves da Escola de Teatro da UFBA.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

O sucesso de Rodin no Palacete das Artes

O Pensador
Eva
A.Magnien, F.Mendonça, J.Wagner, D.Viéville, M.Meirelles, C.Castro, I.Kirsch
M.Ribeiro, J.Wagner, D.Viéville
J.Wagner e D. Viéville
M.Meirelles e J.Wagner
A.Magnien
M.Ribeiro
HH. Costa
P.Sabaté, A.Magnien, C.Haage, I.Kirsch, D.Viéville e J.Wagner
Rodin no Palacete
fotos Roberto Abreu

O Governador J.Wagner
J.Wagner e D.Viéville
A Primeira Dama, F.Mendonça
J.Wagner, M.Meirelles, F.Mendonça, D.Viéville
Coletiva com imprensa nacional
E. e R. Guggenheim, L. Ethève
F.Mendonça
M.Gramacho, I.Kirsch, C.Castro
M.Badaro e D.Rangel
M. De Troi
M.Ribeiro, HH.Costa, I.Kirsch, F.Senna

Beth Rangel e Rose Lima

Eva Dahre e Celina Scheinowitz
fotos Irène Kirsch
Uma concorrida festa de inauguração coroou o processo de sete anos que unem os primeiros acordos feitos entre França e Brasil para a vinda das peças do escultor francês Auguste Rodin para a Bahia, e a abertura da exposição Auguste Rodin, homem e gênio, que permanecerá aberta a visitação pública por três anos. Esta é a primeira vez na história que o Museu Rodin Paris concorda em ceder para uma exposição, e por tanto tempo, as peças do artista considerado o pai da escultura moderna, o que envolveu um bem sucedido esquema de colaboração binacional que já dura quase uma década e teve seu ápice durante o Ano da França no Brasil.

Em sua primeira noite, as 62 esculturas, avaliadas em R$ 26 milhões e que foram cedidas em comodato de três anos pelo governo francês para a realização da exposição, receberam a visitação de cerca de 1,5 mil pessoas. O Projeto Rodin Bahia foi aberto pelo Governador do Estado, Jacques Wagner, que esteve acompanhado da primeira-dama, Fátima Mendonça, e de membros da sua administração, como os Secretários da Cultura, Marcio Meirelles, e do Turismo, Domingos Leonelli; o diretor geral do Instituto do Patrimônio Artístico Cultural da Bahia – IPAC, Frederico Mendonça; e o diretor do Palacete das Artes - Museu Rodin Bahia, o também artista plástico Murilo Ribeiro.

Para nós todos é um motivo de orgulho. Pela primeira vez essas peças saem do Museu Rodin Paris por um período tão longo, o que mostra a deferência da França em relação à Bahia, declarou Jacques Wagner, durante a coletiva que se seguiu à inauguração. Espero que todos os visitantes possam ser inspirados, que desperte vontades artísticas e possa estabelecer trocas culturais e científicas entre o Brasil e a França, completou.

Também estiveram presentes Chantal Haage, Conselheira de Cooperação e Ação Cultural Adjunta da Embaixada da França no Brasil e Irène Kirsch, Adida cultural da França na Bahia. O conservador geral do Patrimônio e Diretor do Museu Rodin Paris, Dominique Viéville, enfatizou a importância de inaugurar esta exposição dentro do Ano da França no Brasil, visto que o comodato que trouxe as obras é fruto de uma ação inédita dentro das relações binacionais França-Brasil.

Fazer parte do Ano da França no Brasil é importante dentro de um contexto de descentralização da cultura francesa, em um nível internacional, colocou Viéville, que cita outras iniciativas de museus que fizeram itinerância de seus acervos dentro da França, como o Museu do Louvre e o Centro Georges Pompidou. São projetos diferentes e complementares, que provocam o olhar de outra cultura sobre a cultura francesa e vice versa. Esta cooperação franco-brasileira vai dar uma nova vida às obras primas de Rodin, arrematou o diretor do Rodin Paris. Dominique Viéville, ainda precisou que o Museu Rodin Bahia nao é um anexo do Musée Rodin ; ele tem sua plena autonomia para desenvolver projetos com dimensão cultural e social.

Aline Magnien, Conservadora em chefe do patrimônio e Responsável do serviço de coleções do Museu Rodin Paris ressaltou o empenho do governo baiano e francês para que o projeto de trazer ao Brasil as peças do maior escultor do século. É um conjunto de sucessos, desde o restauro do casarão, até a cenografia bela e inteligente que foi feita para receber as peças. Estamos muito felizes com o resultado.

Para o Secretário de Cultura, Marcio Meirelles, o fato de a exposição Auguste Rodin, homem e gênio ter sido aberta durante o Ano da França no Brasil tem uma dimensão acentuada pela relação histórica entre os dois países. A Bahia foi um dos estados que teve os maiores eventos dentro deste projeto e a inauguração das obras de Rodin na Bahia evoca a contemporaneidade e a história.

Aconteceu muita coisa na Bahia no contexto do Ano da França no Brasil, e a inauguração do Museu Rodin neste contexto foi uma coincidência feliz, ponderou Irène Kirsch, Adida cultural da França na Bahia. É uma oportunidade completamente inédita, com impacto nacional e além fronteiras no mercado de turismo e cultural. A vinda destas peças é uma história de desejo, o epílogo feliz de um processo de negociação que envolveu dois governos, quatro Ministérios da Cultura em ambos os países e é uma forma de a França dizer eu te amo, dos dois lados, completou.

Para além de uma coincidência feliz, essa inauguração neste ano não seria possível sem o empenho e a chancela do Ano da França no Brasil, que otimizou, oportunizou e transformou esta noite em inesquecível, enfatizou o Diretor do Palacete das Artes – Museu Rodin Bahia, Murilo Ribeiro. Se não fosse ao Ano da França no Brasil não conseguiríamos chegar a este resultado tão importante e bem sucedido que vemos aqui esta noite. É uma exposição que vai alavancar a linguagem da escultura na Bahia e a visitação aos outros museus baianos. O Rodin pretende ser catalisador de arte e cultura.

A museóloga responsável pelo Rodin Bahia, Heloísa Helena Costa, relembrou o histórico anterior à inauguração da exposição: O projeto começou em 2002, com Jacques Villain, diretor do Museu Rodin Paris, e Emmanoel Araújo. E o projeto cresceu primeiro recuperando um patrimônio da Bahia e do Brasil, que é o casarão Martins Catarino, e depois levando a termo a vinda das obras. O Ano da França no Brasil é um evento primoroso, que faz com que a gente cada vez mais estreite as relações entre a França e o Brasil, que ficaram um pouco perdidas no tempo, acrescenta. Essa retomada de trocas culturais e científicas com a França fazem muito bem ao brasileiro, que vai buscar um pouco na sua origem anterior a maneira de olhar a vida cultural e científica com mais cuidado e atenção.

Chantal Haage, Conselheira de Cooperação e Ação Cultural Adjunta da Embaixada da França no Brasil, posiciona a inauguração de Auguste Rodin, homem e gênio como um dos eventos mais importantes do Ano da França no Brasil. "Ele é único, dentro de coisas tão importantes e interessantes que aconteceram neste projeto até aqui. Uma exposição deste estilo, com obras primas de Rodin, que é um artista extraordinário, com esta duração, é um exemplo único no contexto do Ano da França no Brasil. Ela vai desembocar em outras exposições, há todo um pensamento científico e cultural que acompanha esta apresentação, o que propiciará uma verdadeira troca entre os artistas brasileiros e franceses.

O conjunto de obras que ficará, por um período, aberto a visitação gratuita, é composto por originais que são registrados no inventário das coleções públicas francesas, sendo consideradas propriedade inalienável do Estado Francês. As peças devem voltar a Paris ao fim de 2012, podendo ser feito um novo contrato com outras coleções do autor.

As 62 peças foram esculpidas em gesso, em uma tradução da técnica de Rodin, que costumava trabalhar com este material, deixando que seus assistentes fundissem o metal para finalização e reprodução de suas obras. Para Rodin, somente o gesso era capaz de moldar sobre o que já fora criado, o metal ou o mármore impediam as torções e contornos necessários a sua representação artística.

Entre os destaques da exposição, estão obras como "O Beijo", "O Pensador", "O Escultor e Sua Musa", "Eva", "A Defesa", "O Desespero", "Terceira Maquete para a Porta do Inferno", "Glaucus", "O Sono", "A Meditação", "A Eclesiástica" e a "Danaide".

A exposição Auguste Rodin, homen e gênio, é sim um prazer dos olhos, uma historia de desejo e uma lição de vida.
Parabéns Rodin, parabéns França, parabéns Bahia.

O projeto Rodin é uma iniciativa do governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura e do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado, e conta com o apoio do Governo Federal do Brasil, da República Francesa e do Museu Rodin Paris. Fonte Entrelinhas