sábado, 21 de agosto de 2010

Sai resultado do edital France Libertés para montagem de espetáculo teatral

A Farsa da Grande Fortuna, projeto de Deusi Magalhães, foi selecionado para a montagem que terá como base texto Reconsiderar a Riqueza do filósofo francês Patrick Viveret.

A Secretaria de Cultura do Estado–SecultBA anuncia o projeto selecionado através do edital lançado em parceria com a Fondation France Libertés Danielle Mitterrand para montar espetáculo teatral com base no texto Reconsiderar a Riqueza do filosofo francês Patrick Viveret. O projeto escolhido foi criado pela atriz e produtora teatral Deusi Magalhães e será apresentado gratuitamente no evento Eco-Brechó a ser realizado no parque de Pituaçú em outubro deste ano.

Montar esse texto nos permite uma troca de visões de mundo, tendo sido escrito em francês, ele será montado pela primeira vez aqui no Brasil, a partir da representação que fazemos do mundo, dos valores sobre a riqueza, etc. Então vamos testar, porque mesmo tratando do mesmo assunto, o espetáculo baiano irá mostrar nossas particularidades. Além do mais, esta é uma boa oportunidade para tentarmos restabelecer elos entre a arte, a cultura e os fundamentos éticos, a vida em sociedade, afirma a assessora de Relações Internacionais da SecultBA, Monique Badaró.

O projeto conta com a participação de outros artistas baianos como Alda Valéria que divide com Deusi Magalhães a direção do espetáculo, Ilma Nascimento na produção, Luiz Parras na direção de arte, Jarbas Bittencourt na direção musical, Aparecida Oliveira, Giovani Nascimento, Jorge Batista e Leandro Reis na atuação.

O texto será criado a partir de um roteiro e será desenvolvido em processo colaborativo com os atores durante o mês de agosto. A unidade dramática estará a cargo da dramaturga Ilma Nascimento. Numa segunda etapa, já com os textos das cenas definitivos, o ensaio será direcionado para a composição cênica da peça que contará com uma trilha sonora original de Jarbas Bittencourt, afirma a proponente do projeto Deusi Magalhães.

Reconsiderar a Riqueza – Conhecido em todo mundo, o célebre texto francês trata dos fatores sociais, culturais, éticos e ambientais da sociedade. Em 2001, o então secretário de Estado para Economia Solidaria, Guy Hascoet, encomendou a Viveret a missão de Estado de apresentar um detalhado relatório sobre os novos indicadores do desenvolvimento econômico com intuito de valorização desse desenvolvimento. Para isso, Viveret que também é economista, se juntou com diversos outros economistas de renome internacional para criar essa publicação.

Eles compreenderam um novo paradigma de desenvolvimento onde o foco do crescimento da economia deve estar ancorado nos valores humanos e ecológicos, com destaque para as riquezas humanas, sociais, éticas e culturais dos povos e nações. Após a primeira publicação, foi criado um coletivo de economistas, políticos, sociólogos, filósofos e pensadores independentes para dar continuidade ao trabalho.

Nos últimos anos, a Fondation France Libertés que luta há mais de 20 anos pela defesa dos Direitos Humanos, ingressou nesse coletivo incorporando intelectuais e ativistas que trabalham no eixo franco brasileiro como Henryane de Chaponay, Celina Whitaker e André Abreu de Almeida.

Investimentos – Desde 2007, a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia comprometeu mais de R$ 32 milhões em ações para teatro em todo o Estado, sendo que aproximadamente R$ 5 milhões foram investidos em editais; R$ 18 milhões em projetos patrocinados e apoiados respectivamente pelo Fazcultura e Fundo de Cultura; R$1 milhão em requalificação de espaços e mais de R$ 7 milhões em ações de festivais, apoio a teatros e outras ações.
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Assessoria de Comunicação
Secretaria de Cultura do Estado da Bahia

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Joven bahiano ganhou viagem para a França com o Programma Allons en France




Paulo Henrique Soares Pereira chegou de viagem. Com o programa do Ministério das Relações Exteriores e Européias, Allons en France 2010 Tradição e inovação, o espetáculo do cotidiano, ele passou com mais 170 jovens do mundo, 10 dias na França.

Allons en France é um desenvolvido há 12 anos no âmbito das ações de valorização do francês no mundo. Ele recompensa a cada ano os melhores estudantes francófonos oferecendo uma viagem à França.
Para ganhar o concurso, com três outros jovens brasileiros, Paulo Henrique escreveu um texto de rap sobre o tema da cultura urbana incluindo dez palavras obrigatórias, que são as palavras da Semana da língua francesa que começa dia 20 de março com o Dia Internacional da Francofonia.
Eis o que Paulo Henrique conta:
No dia 6 de julho eu embarquei com destino a França pelo programa Allons en France, e graças a Deus, a coordenação do programa, aos animadores e a todos os jovens que participaram a viagem foi incrível. Como já falei no geral a viagem foi maravilhosa, mas eu destaco alguns pontos que mais gostei nos 10 dias que passei na França.
A quinta-feira dia 8 de julho foi “inoubliable”, passamos o dia todo fazendo um passeio em um “bus touristique” conhecendo os principais pontos turísticos de Paris, durante a noite participamos de um Karaokê muito divertido, onde cantamos e dançamos muito, que foi realizado no salão de festas da “cité universitaire.
No dia seguinte conhecer a parte moderna de Paris (que é o Quartier de la Défense) foi ótimo, pois apesar da arquitetura parisiense ser algo que vemos em pouquíssimos lugares, por ser única e singular, onde impera o estilo clássico das residências dos séculos XVIII e XIX. Saber que a modernização e o progresso podem ser aliados a história sem apagá-la ou levá-la a um pequeno espaço que em muitos lugares é chamado de centro histórico. A tarde foi mais incrível ainda, tivemos das 14h: 00min às 16h: 30min para ficarmos passeando pela Champs Elysées foi uma experiência magnífica.
O fim de semana merece destaque entre os dias que mais me agradaram. No sábado fomos para o parque futurístico, chamado Futuroscope que fica na cidade de Poitiers, lugar em que fomos de TGV(outra experiência ótima), nesse parque duas atrações me chamaram atenção, a primeira foi a animação em 4D (Arthur), onde simulava uma aventura numa nave especial pelo subterrâneo terrestre para salvar o líder de seu grupo, algo surreal e incrível, voltei realmente a ser criança embarcando nessa aventura. A outra foi a “dança das Águas”, um espetáculo de luz e cores, música, dança, muitos efeitos de computação gráfica e a água como elemento principal da apresentação, algo surreal, indescritível.
No domingo seguimos diretamente para La Rochelle, pequena cidade, cheia de história, que ainda preserva sua arquitetura, digamos do tempo medieval. La vi artistas de ruas incríveis, que iam desde tocadores de violoncelos até um pintor que fazia quadros no chão com giz de cera. Almoçamos em um restaurante em frente as bancas dos artistas de rua, um programa bem parisiense, sublime!
Na terça-feira fomos à “Porta aux Cerises” onde poderíamos escolher diversas atividas, desde curso de cozinha até algo mais radical como arvorismo. Fiz aula de salasa pela manhã, e pela tarde o arvorismo, atividade radical e muito boa.
O feriado do 14 de julho é outro show a parte, o desfile infelizmente foi estragado pela terrível chuva, o que fez com que não fosse visto praticamente nada, Mas felizmente a chuva passou no fim da trade permitindo todos irem assistir a queima de fogos aos pés da Tour Eiffel, algo inesquecível.
O último dia talvez tenha sido um dos melhores,talvez por termos experimentado andar por Paris “livremente” sem animadores, é verdade que o grupo com que saí decidiu fazer compras, eu não fiquei atrás, mas a experiência com certeza foi ímpar, cheguei a me sentir um habitantes de Paris.
A festa de despedida realizada na Tour Montparnasse, foi perfeita, o ar de despedida e um pouco de tristeza tomava conta da gente, por isso que aproveitamos cada segundo que ainda restava. Eu dancei muito, fui até o último andar da Torre para ver Paris de cima, fiz tudo com que minha viagem fosse fechada com chave de ouro!

Paulo Henrique Soares Pereira