quinta-feira, 29 de julho de 2010

Mange, ceci est mon corps na tela do SemCine

Michelange Quay
Michelange Quay

Lounge do TCA

Marcelo de Troi e Cyntia Nogueira
fotos I.Kirsch


Na presença de seu diretor Michelange Quay, o SemCine exibiu para a sala principal do Teatro Castro Alves quase lotada o filme Mange, ceci est mon corps.

Michelange Quay está em Salvador, onde ele já esteve várias vezes, apresentou seu filme como uma obra sobre o povo haitiano e pediu um momento de silêncio em memória das pessoas em sofrimento, no Haiti, no Brasil ou em qualquer outro lugar do mundo. Naturalmente a platéia emocionada pensou em primeiro lugar no terremoto que aconteceu em Haiti em janeiro e nas vítimas das chuvas aqui na Bahia e no Brasil.

Prêmio do Júri do Miami Film Festival em 2008, Mange, Ceci est mon corps é um objeto cinematográfico fora do comum.
Haiti, ilha negra, solitária, abandonada à pobreza e à miséria. Madame, uma mulher branca, vive com seus fantasmas coloniais onde ensina e alimenta as massas condenadas da terra. Uma experiência cinematográfica hipnótica e visceral que nos leva ao mais profundo do sofrimento espiritual e material.
Mange, Ceci est mon corps se constrói em cima do contraste entre preto e branco e sobre a mistura entre o preto e o branco. Com uma sucessão de quadros, o filme lembra pinturas. O filme aborda, de forma metafórica ou concreta, temas como o racismo, a pobreza, a vida e a morte, a fé, o tempo.
Como em qualquer obra de arte, cada um tem sua leitura. Mange, ceci est mon corps, mais do que um filme singular é um filme instigante.

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