quinta-feira, 7 de junho de 2012

1° Seminário internacional de formação e capacitação em cultura: 28/05, mesa redonda Como articular criação e meios de produção?

Estudantes da Escola de Teatro da UFBA na recepção dos participantes

Deolinda Vilhena e Sérgio Farias
Marcio Meirelles e Almicio Fernandes
Martin Domecq e Enjolras
O Café do Vila
R.Sena, A.Valentim, R.Ferracini, S.Farias, M.Meirelles, JP.Quilès
 

Aldo Valentim
Marcio Meirelles e Jean-Pascal Quilès

Emmanuel Wallon
Deolinda Vilhena
Armindo Bião e Renato Ferracini
Isabelle Faure, Emmanuel Wallon e Deolinda Vilhena
M.Meirelles, R.Sena, JP.Quilès, E.Wallon, S.Farias, A.Valentim
fotos Irène Kirsch
Na tarde do primeiro dia, profissionais e estudiosos discutem experiências em gestão cultural. A mesa redonda, Como articular criação e meios de produção?, contou com a presença de Jean-Pascal Quilès, Marcio Meirelles, Roseni Sena, Renato Ferracini e Aldo Valentim, com coordenação de Sérgio Farias, diretor do IHAC da UFBA.

Aldo Valentim, coordenador geral do Projeto Ademar Guerra e dos Projetos Especiais das Oficinas Culturais da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, ressaltou o trabalho de fortalecer o indivíduo dentro do grupo e de aprimorar a gestão cultural, através de orientação técnica e artística, de realização de mini-cursos, de encontros preparatórios e de mostras regionais.

Jean-Pascal Quilès, diretor-adjunto do Observatoire des Politiques Culturelles e co-responsável pelo Mestrado profissional Direção de Projetos Culturais do Institut d’Études Politiques de Grenoble, destacou a necessidade de pensar políticas públicas para a atualidade, para que seja possível lidar com as mudanças na relação entre produção e criação. Frisou a relevância de uma formação continuada e da profissionalização do artista e do administrador cultural. Sobre a dependência das leis de incentivo fiscal, Jean-Pascal Quilès afirma que “nem o artista, nem o cidadão devem ser as vítimas de uma filantropia aleatória”. Entretanto, acredita ser possível relacionar finanças e cultura, inclusive por meio de parcerias público-privadas.

O Bando de Teatro Olodum foi o tema da intervenção de Márcio Meirelles. O diretor do Teatro Vila Velha e do Bando contou que a motivação para criar o Bando veio da percepção de que, embora 80% da população de Salvador seja negra, esta etnia não era representada nos palcos. O maior compromisso do grupo é a formação do ator negro, por meio de uma busca por material da vida real e de debates com os atores, dando origem a um projeto teatral não apenas estético, mas também político.

Renato Ferracini, colaborador do LUME/Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais e professor da UNICAMP contou da trajetória do LUME, grupo de teatro e núcleo de pesquisa universitária surgido em 1985 com o intuito de elaborar novas possibilidades expressivas corpóreas e vocais de atuação, para redimensionar o teatro enquanto ofício e poética. Para Ferracini, o produtor é a pessoa responsável por criar a articulação entre os processos da criação e os meios de produção.

Roseni Sena, diretora executiva e de Inclusão e Cidadania do Centro de Arte Contemporânea Inhotim, explicou como o Inhotim passou de local de exposição de um acervo particular de um colecionador de arte moderna para a condição de centro de arte contemporânea. O desafio maior é integrar a arte contemporânea com o meio ambiente e a inclusão e cidadania. Para driblar essa dificuldade, o Centro de Arte promove formação em curadoria, formação e capacitação na área técnica de arte contemporânea, formação para mediadores e curadoria de educação artística e ambiental. A expectativa para o ano de 2012 é que Inhotim receba 300 mil visitantes.



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