sexta-feira, 8 de junho de 2012

1° Seminário internacional de formação e capacitação em cultura: 30/05, conferência de Jean-Pascal Quilès

Jean-Pascal Quilès
Paulo Miguez e Jean-Pascal Quilès
Adriano Sampaio
Maria Helena Cunha




Paulo Miguez e Jean-Pascal Quilès
Jean-Pascal Quilès expôs a sua experiência à frente do Observatoire de Politiques Culturelles onde ele exerce a função de diretor adjunto e é responsável pelas formações culturais, com a brilhante mediação de Paulo Miguez, professor no IHAC/UFBA

Traçou o panorama histórico do Observatório. Criado em 1989, pelo Ministério da Cultura francês, a instituição tinha como finalidade observar o processo de descentralização cultural no país. A cidade escolhida para sua fundação foi Grenoble, sendo um dos maiores motivos para a decisão sua infra-estrutura integrada, ou seja, a educação, o esporte e a cultura eram priorizados pelas políticas públicas de maneira associada. As cidades novas foram marcadas pela vida associativa da sociedade civil, destaca Jean-Pascal Quilès, que ainda ressaltou Grenoble é uma municipalidade em inovação.

De acordo com a Unesco, o Observatório de Políticas Culturais na França foi o primeiro observatório a se dedicar a essa questão. Uma das primeiras conclusões levantadas pelo Observatório foi sobre a relevância das coletividades territoriais como financiadores da cultura, ocupando posição de destaque em relação ao próprio Ministério da Cultura. O Observatório atende servidores do Estado, coletividades territoriais, atores artísticos culturais e suas representações, além de laboratórios de pesquisa nas universidades. Outro eixo de trabalho são os encontros para revigorar o debate das políticas culturais e que os atores artísticos e culturais possam se encontrar.

Outro projeto do Observatoire des Politiques Culturelles, que está sendo realizado no Brasil, é a Plataforma de Políticas Culturais Brasileira. Seu objetivo é encontrar o equilíbrio dos ecossistemas culturais e artísticos brasileiros. Tal plataforma deve conseguir uma ferramenta de equilíbrio dessas políticas para que tudo não precise do MinC, nem do Estado, explicou Jean-Pascal Quilès. Há uma articulação não somente com os atores públicos, mas também os privados, para que se possam trazer as experiências importantes do exterior para oferecer uma inspiração ao Brasil. A plataforma será uma porta para os outros observatórios do Brasil e no mundo, finalizou.

Fonte: http://www.agendartecultura.ufba.br/

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